"A arquitetura não nasce sedentária, mas sim nômade." Francesco Careri
Este livro reúne relatos autobiográficos de momentos e situações que levaram o autor a refletir sobre as relações entre o nomadismo, a arquitetura e a hospitalidade. É também uma proposta para a refundação hospitaleira das nossas cidades, para construir sobre as ruínas do contemporâneo lugares concretos destinados a pessoas reais, lugares de passeio e de encontro para pessoas diversas, lugares de recreação e contação de histórias, de intercâmbio entre anfitriões e hóspedes, como nas hospedarias e pousadas de caravanas de outras épocas. Entre as “epifânias" que abrem caminhos para as reflexões de Careri, há o cigano Melquíades, única conexão de Macondo com o mundo exterior em Cem anos de solidão; o pacto de solidariedade entre troianos e gregos; a percepção do autor, entre menires, em um descampado na Sardenha, de que os primeiros caminhos não foram feitos pelos humanos, mas pelos animais; e as viagens à pé do grupo Stalker, que busca olhar o mundo de um ponto de vista nômade. Além disso, são apresentados projetos como a tenda pensada para um grupo dormir uma noite em um beco de Roma, e que depois, em outros passeios, chegou a medir um quilômetro e meio. “Nasceu como uma arquitetura suspensa para confrontar a apreensão urbana, para colocar-se em perigo, para aprender com o espaço ao dormir indefeso como os sem-teto, para entrar em contato com o inconsciente urbano através do sonho.” E o projeto Al-Madhafah/The Living Room, criado por artistas e imigrantes na Suécia, com um espaço dedicado a que os hóspedes exerçam seus direitos de hospedar, invertendo os papéis de anftrião e convidado. Após rastrear 21 epifanias relacionadas a experiências errantes, sobre cruzar limites e a hospitalidade que se oferece e se recebe, Careri propõe ainda, em um texto adicional, uma refexão sobre questões relacionadas ao lugar da hospitalidade.

"Trata-se de uma questão relacionada à arquitetura, ao urbanismo e às artes cívicas, e não apenas à antropologia, à literatura e à política. Na hospitalidade misturam-se valores materiais e imateriais, divide-se a intimidade, a comida, as histórias, mas também aquele pedaço de lugar que se compartilha. Hospedar é o habitar que estamos dispostos a compartilhar com os outros. […] Não são apenas os que podem arcar com os custos que podem oferecer hospitalidade, mas todos, sem distinção. A partir do espaço ocupado por um corpo deitado, a hospitalidade pode se estender da escala doméstica à urbana, até chegar à planetária." * "Numa escrita que caminha entre o científco e o coloquial/autobiográfco, Francesco Careri incorpora a hospitalidadeanunciada e se coloca como um grande anftrião do con-ceito, abrindo as portas de suas próprias experiências ca-minhantes para reconhecermos no ato de hospedar/hospe-dar-se uma parte indissociável da revolução caminhante, deuma outra maneira de habitar o mundo.” Ricardo Luís Silva

"Careri oferece a possibilidade efetiva de praticarmos a caminhada como a metáfora do encontro, abrigando em nossos corpos plurais a ética das outridades. […] a hospitalidade é o gesto de acolhimento solidário daquilo que difere – um estranho, um estrangeiro, um outro de si – gesto primordial que acorda horizontes para os próximos passos.” Edith Derdyk

“Cada página lida é uma conversa com o inesperado. Ele [Careri] nos ensina que caminhar é mais do que exercício; é um convite para abrir a mente e o coração ao que está por vir. Ao tirarmos os sapatos e pisarmos na terra com Piccio, somos lembrados de que 'somos livres', transformando cada encontro em uma oportunidade de acolhimento e diálogo. Assim, vamos nos surpreender e, acima de tudo, pensar, pensar, pensar… Afinal, quem precisa de mapas quando a intuição e a curiosidade nos guiam?" Eduardo Rocha

"Francesco Careri, após discutir a caminhada como prática estética em Walkscapes e a parada como tática para o encontro em Caminhar e parar, agora nos convida a pensar a hospitalidade a partir de sua dimensão ética-política mas, também, estética-imaginativa. Uma tensão entre o sedentarismo e o nomadismo – exemplificada por Careri com o conto bíblico de Abel e Caim – é recorrente em toda a trilogia e, no presente livro, pode ser reconhecida na distinção entre a etimologia das palavras acolhimento, ligada à agricultura sedentária, à colheita; e hospitalidade, ligada ao nomadismo, à condição de estrangeiro, de forasteiro." Paola Berenstein Jacques

Sobre o autor: Francesco Careri é um arquiteto e ativista italiano. Em 1995, cofundou a prática artística Stalker e, desde 2005, é professor de Arquitetura da Università di Roma Tre, onde dirige o mestrado interdisciplinar Humanidades Ambientais e ministra o curso itinerante de Artes Cívicas. Entre seus livros, destacam-se Constant. New Babylon, una città nomade (2021), Walkscapes – o caminhar como prática estética (2002), Caminhar e parar (2016) e Stalker/On. Campus Rom (2017, com Lorenzo Romito).

Entrevistas de Francesco Careri:

“O ato de caminhar por Francesco Careri” de Nicolau Ferreira em Jornal O Publico de Portugal.
"Ganhando e produzindo espaco nas cidades atraves do caminhar", por Instituto caminhabilidade na Carta capital.
”Flip: arquiteto deixa plateia com desafio de explorar a cidade onde mora” por Mariana Filgueiras em O Globo.
”Entrevista” Por Paola Berenstein Jacques Revista Redobra UFBA
”Francesco Careri::Arquitetura e Poiesis” por Aurora Bernardini revista Sibila

Prefácio: Ricardo Luis Silva
Posfácio: Paola Berenstein Jacques
Tradução: Jorge Henrique Cordeiro
Revisão: Carolina Falcão

 

Caminhar, Parar, Hospedar-se - Francesco Careri

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"A arquitetura não nasce sedentária, mas sim nômade." Francesco Careri
Este livro reúne relatos autobiográficos de momentos e situações que levaram o autor a refletir sobre as relações entre o nomadismo, a arquitetura e a hospitalidade. É também uma proposta para a refundação hospitaleira das nossas cidades, para construir sobre as ruínas do contemporâneo lugares concretos destinados a pessoas reais, lugares de passeio e de encontro para pessoas diversas, lugares de recreação e contação de histórias, de intercâmbio entre anfitriões e hóspedes, como nas hospedarias e pousadas de caravanas de outras épocas. Entre as “epifânias" que abrem caminhos para as reflexões de Careri, há o cigano Melquíades, única conexão de Macondo com o mundo exterior em Cem anos de solidão; o pacto de solidariedade entre troianos e gregos; a percepção do autor, entre menires, em um descampado na Sardenha, de que os primeiros caminhos não foram feitos pelos humanos, mas pelos animais; e as viagens à pé do grupo Stalker, que busca olhar o mundo de um ponto de vista nômade. Além disso, são apresentados projetos como a tenda pensada para um grupo dormir uma noite em um beco de Roma, e que depois, em outros passeios, chegou a medir um quilômetro e meio. “Nasceu como uma arquitetura suspensa para confrontar a apreensão urbana, para colocar-se em perigo, para aprender com o espaço ao dormir indefeso como os sem-teto, para entrar em contato com o inconsciente urbano através do sonho.” E o projeto Al-Madhafah/The Living Room, criado por artistas e imigrantes na Suécia, com um espaço dedicado a que os hóspedes exerçam seus direitos de hospedar, invertendo os papéis de anftrião e convidado. Após rastrear 21 epifanias relacionadas a experiências errantes, sobre cruzar limites e a hospitalidade que se oferece e se recebe, Careri propõe ainda, em um texto adicional, uma refexão sobre questões relacionadas ao lugar da hospitalidade.

"Trata-se de uma questão relacionada à arquitetura, ao urbanismo e às artes cívicas, e não apenas à antropologia, à literatura e à política. Na hospitalidade misturam-se valores materiais e imateriais, divide-se a intimidade, a comida, as histórias, mas também aquele pedaço de lugar que se compartilha. Hospedar é o habitar que estamos dispostos a compartilhar com os outros. […] Não são apenas os que podem arcar com os custos que podem oferecer hospitalidade, mas todos, sem distinção. A partir do espaço ocupado por um corpo deitado, a hospitalidade pode se estender da escala doméstica à urbana, até chegar à planetária." * "Numa escrita que caminha entre o científco e o coloquial/autobiográfco, Francesco Careri incorpora a hospitalidadeanunciada e se coloca como um grande anftrião do con-ceito, abrindo as portas de suas próprias experiências ca-minhantes para reconhecermos no ato de hospedar/hospe-dar-se uma parte indissociável da revolução caminhante, deuma outra maneira de habitar o mundo.” Ricardo Luís Silva

"Careri oferece a possibilidade efetiva de praticarmos a caminhada como a metáfora do encontro, abrigando em nossos corpos plurais a ética das outridades. […] a hospitalidade é o gesto de acolhimento solidário daquilo que difere – um estranho, um estrangeiro, um outro de si – gesto primordial que acorda horizontes para os próximos passos.” Edith Derdyk

“Cada página lida é uma conversa com o inesperado. Ele [Careri] nos ensina que caminhar é mais do que exercício; é um convite para abrir a mente e o coração ao que está por vir. Ao tirarmos os sapatos e pisarmos na terra com Piccio, somos lembrados de que 'somos livres', transformando cada encontro em uma oportunidade de acolhimento e diálogo. Assim, vamos nos surpreender e, acima de tudo, pensar, pensar, pensar… Afinal, quem precisa de mapas quando a intuição e a curiosidade nos guiam?" Eduardo Rocha

"Francesco Careri, após discutir a caminhada como prática estética em Walkscapes e a parada como tática para o encontro em Caminhar e parar, agora nos convida a pensar a hospitalidade a partir de sua dimensão ética-política mas, também, estética-imaginativa. Uma tensão entre o sedentarismo e o nomadismo – exemplificada por Careri com o conto bíblico de Abel e Caim – é recorrente em toda a trilogia e, no presente livro, pode ser reconhecida na distinção entre a etimologia das palavras acolhimento, ligada à agricultura sedentária, à colheita; e hospitalidade, ligada ao nomadismo, à condição de estrangeiro, de forasteiro." Paola Berenstein Jacques

Sobre o autor: Francesco Careri é um arquiteto e ativista italiano. Em 1995, cofundou a prática artística Stalker e, desde 2005, é professor de Arquitetura da Università di Roma Tre, onde dirige o mestrado interdisciplinar Humanidades Ambientais e ministra o curso itinerante de Artes Cívicas. Entre seus livros, destacam-se Constant. New Babylon, una città nomade (2021), Walkscapes – o caminhar como prática estética (2002), Caminhar e parar (2016) e Stalker/On. Campus Rom (2017, com Lorenzo Romito).

Entrevistas de Francesco Careri:

“O ato de caminhar por Francesco Careri” de Nicolau Ferreira em Jornal O Publico de Portugal.
"Ganhando e produzindo espaco nas cidades atraves do caminhar", por Instituto caminhabilidade na Carta capital.
”Flip: arquiteto deixa plateia com desafio de explorar a cidade onde mora” por Mariana Filgueiras em O Globo.
”Entrevista” Por Paola Berenstein Jacques Revista Redobra UFBA
”Francesco Careri::Arquitetura e Poiesis” por Aurora Bernardini revista Sibila

Prefácio: Ricardo Luis Silva
Posfácio: Paola Berenstein Jacques
Tradução: Jorge Henrique Cordeiro
Revisão: Carolina Falcão