Se a realidade é tridimensional, uma ideia, para ganhar lastro no real, precisa de no mínimo duas cabeças, dois corpos e dois espíritos rebeldes para ocupar a calçada, a rua, a galeria, o quarteirão, o bairro, a cidade... Em síntese, dois caminhantes urbanos ou como diz o Prof. Magnani - Jovens da metrópole. Pois é... Nós somos os jovens da metrópole e os caminhantes urbanos a frente do estúdio Ceda el paso e estamos ocupando uma charmosa sala 308 no 3° andar da Galeria 7 de Abril.

Jéssica de Souza Andrade (@jessicadesouzaandrade) é pesquisadora na área de Antropologia Urbana, designer e fundadora do coletivo @derivas_urbanas

Formada em Letras com Bacharelado em Edição pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduada em Planejamento e Produção de Mídia Impressa e Design Gráfico pelas respectivas instituições: Senai Theobaldo de Nigris e Fundação Armando Alvares Penteado. Em 2016 expôs um de seus cartazes na Bienal de Design de Échirolles (França) para exposição: Made in Japan - Coletivo 20 /20 representando o Brasil por intermédio da FAAP. Atualmente se dedica a pesquisa em Antropologia Urbana.

 

Ricardo Luis Silva (@por.onde.o.homem.anda) é Arquiteto, Professor Universitário e Fotógrafo.

Professor doutor de crítica, estética e leituras urbanas nos cursos de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, Fotografia e Design no Centro Universitário Senac – São Paulo desde 2013. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 2005, investiga o cotidiano da Cidade, suas temporalidades, seus personagens ordinários, conflitos e

constituições subjetivas dos indivíduos urbanos. Atua como caminhante urbano solitário e incógnito (flâneur/trapeiro), garimpando possíveis arqueologias do sensível dentro dos rastros da modernização tecnológica contemporânea através de coleções de objetos encontrados e fotografias de coisas “sem qualidade”. Destes registros surge a “COLEÇÃO DAS COISAS”, registros de objetos ordinários e acontecimentos cotidianos, já publicados em 7 fotolivros (independentes e via financiamento coletivo). Além disso, promove periodicamente caminhadas urbanas coletivas para registros temáticos que são, posteriormente, editados e transformados em publicações de pequenas tiragens (por exemplo: Alfabeto da Noite e

Caminhar/Inventariar).

Neste recém novo mundo, nada normal, pós pandêmico, topamos encarar esta aventura de abrir um estúdio voltado para questões urbanas no coração da Paulicéia, usufruindo da paixão e presença do nosso vizinho ilustre... Mário de Andrade, na Galeria mais "boa praça" da cidade.